O que você entende por personalidade?
Os psicólogos Theodore Millon e Roger Davis definem a personalidade como:
“Padrão complexo de características psicológicas profundamente enraizadas que são expressas automaticamente em quase todas as áreas do funcionamento psicológico.”
As pessoas geralmente confundem “personalidade” com “caráter” e “temperamento”.
Nosso Temperamento
É o modelo biológico-genético que interage com nosso meio ambiente. Nosso temperamento é um conjunto de disposições embutidas com as quais nascemos.
É quase inalterável (embora estudos recentes demonstrem que o cérebro tem uma grande capacidade plástica e elástica, muito mais do que imaginávamos). Em outras palavras, nosso temperamento é nossa natureza.
Nosso caráter
É em grande parte o resultado do processo de socialização, os atos e impressões de nosso ambiente e o que alimentamos em nossa psique durante os anos de formação (0-6 anos e na adolescência).
Nosso caráter é o conjunto de todas as características adquiridas que possuímos, muitas vezes julgadas em um contexto cultural-social.
Por vezes, a junção de todos esses fatores resultam em uma personalidade anormal.
Os transtornos de personalidade são disfunções de toda a nossa identidade, rasgos no tecido de quem somos. Eles são onipresentes porque nossa personalidade é onipresente e permeia todas nossas células mentais.
Em segundo plano, surge a pergunta: o que constitui um comportamento normal? Quem é normal?
No que diz respeito a Personalidade Normal,
a média e o comum são normais.
No entanto em vez de tentar achar uma definição clara, muitos profissionais de saúde mental perguntam: o paciente está bem e feliz (egossintônico)? Se está, então tudo está bem e normal.
Traços, comportamentos e personalidades anormais são, portanto, definidos como os traços, comportamentos e personalidades que são disfuncionais e causam sofrimento subjetivo.
Evidente que este conceito não é definitivo e não encerra o assunto sobre uma personalidade normal, haja vista que existem outras correntes que pensam de maneira diferente.
Alguns estudiosos rejeitam totalmente o conceito de “normalidade”. O movimento antipsiquiatria se opõe à medicalização e patologização de setores inteiros da conduta humana.
Outros preferem estudar os próprios transtornos, em vez de “se tornarem metafísicos”, tentando distingui-los de um estado imaginário e ideal de “saúde mental”.
A personalidade é sempre um assunto fascinante para discussão, se você gostou do texto, compartilhe ou comente o que achou…
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