Roer unhas é um hábito comum, conhecido como onicofagia, que afeta pessoas de todas as idades. Embora possa parecer apenas uma mania inofensiva, esse comportamento pode ter implicações emocionais e físicas profundas. Neste artigo, exploraremos as principais causas desse comportamento e as consequências que ele pode trazer para a saúde física e mental.

Causas de roer as unhas

Ansiedade e estresse

Uma das causas mais comuns para roer unhas é a tentativa de aliviar o estresse e a ansiedade. Muitas pessoas encontram conforto nesse hábito quando estão nervosas ou em situações de tensão. Roer as unhas pode se tornar um mecanismo de enfrentamento, proporcionando uma sensação momentânea de alívio.

Tédio

O tédio é outro motivo frequentemente associado à onicofagia. Pessoas que passam por momentos de ociosidade ou falta de estímulo podem recorrer a esse comportamento como uma forma de passar o tempo.

Perfeccionismo e frustração

Algumas pessoas roem as unhas quando estão frustradas ou insatisfeitas com algo. Perfeccionistas, em particular, podem recorrer a esse hábito como uma maneira inconsciente de lidar com a sensação de falta de controle ou de alcançar suas próprias expectativas.

Imitação

Muitas vezes, o hábito começa na infância, quando as crianças veem os pais ou irmãos mais velhos roendo as unhas. A imitação é uma forma comum de aprender comportamentos, e, sem perceber, o hábito pode ser levado até a vida adulta.

Transtornos emocionais

Em casos mais graves, roer unhas pode estar associado a transtornos psicológicos, como Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Nessas situações, o ato de roer unhas é compulsivo e está relacionado à necessidade de aliviar tensões emocionais profundas.

Consequências de roer as unhas

Problemas de saúde bucal

Roer unhas pode causar desgaste dos dentes, danos às gengivas e até mesmo infecções bucais. A constante fricção entre os dentes e as unhas pode desgastar o esmalte dental, levando à sensibilidade nos dentes e aumentando o risco de cáries.

Infecções nas unhas

A onicofagia expõe a região ao risco de infecções. A pele ao redor das unhas pode sofrer pequenos cortes, facilitando a entrada de bactérias e fungos. Isso pode causar inflamações, infecções e, em alguns casos, o surgimento de paroníquia, uma infecção dolorosa ao redor da unha.

Problemas estomacais

Ao roer as unhas, é possível que pequenos pedaços de unha ou bactérias sejam ingeridos, causando problemas gastrointestinais. A ingestão desses fragmentos pode provocar irritação no estômago ou levar à presença de parasitas intestinais.

Baixa autoestima

Pessoas que roem as unhas muitas vezes sentem vergonha da aparência de suas mãos. Unhas danificadas e deformadas podem gerar constrangimento em situações sociais, o que pode afetar a autoestima e a autoconfiança.

Dificuldade em quebrar o hábito

Quanto mais tempo alguém roer as unhas, mais difícil pode ser parar. O comportamento se torna tão automático que, muitas vezes, a pessoa não percebe quando está roendo as unhas, tornando o processo de cessação desafiador.

Como parar de roer as unhas

Superar o hábito de roer unhas pode ser um desafio, mas é possível com algumas estratégias:

• Identificar gatilhos emocionais: compreender o que leva você a roer unhas é o primeiro passo. Estresse? Tédio? Ansiedade? Ao reconhecer esses gatilhos, você pode começar a trabalhar na mudança do comportamento.
• Terapia comportamental: em alguns casos, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser útil para ajudar a modificar o hábito. A TCC ensina novas formas de lidar com estresse e emoções.
• Manter as unhas bem cuidadas: manter as unhas aparadas e bem cuidadas pode reduzir a vontade de roê-las. Usar esmaltes com sabor amargo também pode ser eficaz.
• Substituir o hábito: encontrar uma alternativa saudável, como segurar uma bolinha de estresse ou mascando chiclete, pode ajudar a desviar a atenção da vontade de roer unhas.

Conclusão

Roer unhas é um hábito que vai além de uma simples mania. Muitas vezes, está relacionado a questões emocionais como ansiedade, estresse ou frustração. Embora pareça inofensivo, pode ter consequências significativas para a saúde bucal, das unhas e até do sistema digestivo. Com a abordagem certa, é possível superar esse comportamento e melhorar a qualidade de vida.